domingo, 5 de dezembro de 2010

“Entre Sequências: um espetáculo de escolhas”

Output – Multisensorial

3D O QUÊ?

No começo do ano falei sobre o cinema 3D e o potencial apelo tecnológico do termo. Com o passar dos meses minhas expectativas foram confirmadas pelas surpreendentes e versáteis aplicações do 3D. Não é que até rave 3D já fizeram? Não estou falando dos eventos do Second Life, mas sim do festival de música eletrônica Xxxperience, que na última edição somou um “3D” aos motivos da festa. Quem comprou ingresso recebeu o já tradicional óculos de papelão com celofane, próprio para apreciar a decoração do evento. Alguns se frustraram por não encontrar nada que observar com seus óculos, nem na decoração e nem nas projeções do palco principal, o “3D Main Stage” – o que não foi motivo para os frequentadores deixaram de usá-los, afinal, sendo uma ilusão ótica, o efeito 3D está na mente de cada um.

OBRIGADO, CHINA!

Sempre um pouco mais frustrante que emocionante, o 3D corre risco de retornar ao seu posto original de “novidade tipo C” caso não se aperfeiçoe no quesito estereoscopia. Enquanto isso, quem rouba olhares tecnológicos é o LED. Não que seja a maior das novidades, até porque sabemos que no terceiro mundo as tecnologias chegam em terceiro lugar, mas o importante é que chegam. Na bairro paulistano Santa Ifigênia os LEDs já dominam grande parte do comércio, inclusive as lojas de equipamentos para palco e boate. Provando que tudo é questão de timing, o uso do LED na iluminação só se concretiza atualmente sob o argumento da preservação ambiental, já que consome menos energia. Restam então duas dúvidas: quantas dezenas de anos faltam até o lançamento da próxima nova tecnologia e qual será a desculpa? Até lá haverá tempo suficiente para muitas experimentações com LED…

PISTA

Destas experimentações são várias as que gosto e que me chamam atenção (até já fiz a minha!), especialmente as feitas em pista de dança, porque retomam um pouco aquela imagem de discoteca dos anos 70 que parece tão legal. Nesta categoria figuram pistas como a do Watergate (Berlim), que tem uma larga faixa de LEDs no teto, Le Baron de Paris (Tóquio), com suas paredes forradas de LEDs vermelhos e D-Edge (SP), com seu analizador de espectro embutido nas paredes e agora uma nova pista, que ainda não conheci. Depois destes, vários foram os clubs que incorporaram a mesma ideia à sua decoração, o que nem sempre deu certo, já que os novos LEDs iluminam demais e a pista pode ficar clara além do que deveria, parecendo loja da Santa Ifigênia mesmo.

MULTISENSORIAL

Tanto o 3D quanto o LED são ondas comerciais que representam alguma atualização na busca por experiências multisensoriais, são elementos empregados em tentativas de escapismo e imersão, que por enquanto andam muito distantes da viagem libertária que todo mundo idealiza, aquela coisa meio Avatar. Bem disse um amigo meu que o 3D mais 3D que existe, por enquanto, é o teatro.

Daí lembrei que o bar Lapeju tem sido palco de uma interessante mistura entre atuação e live PA. A peça “Entre Sequências” é encenada nos diversos ambientes do bar e possui duas dramaturgias sendo que, inicialmente, o público escolhe uma delas e também as cenas que quer ver. Enquanto isso no backstage o DJ Rodrigo Bojikian produz a sonoplastia ao vivo utilizando virtual instruments no Ableton Live. Sem seguir estilos especificos, o resultado é uma trilha eletrônica experimental que acompanha e enfatiza os momentos tensos da peça. O legal é que os espectadores podem retornar mais vezes para presenciar outras possibilidades de enredos e de sons.

Entre Sequências
Direção – Eduardo de Paula
Elenco e texto – Jardel Ferreira, Julio Leoncini, Nathalia Zambuzi, Renan Paini e Roberta Simon
Sonoplastia – DJ Rodrigo Bojikian
90 minutos / 16 anos
Bar Lapeju – Rua Frei Caneca, 892 – Bela Vista – São Paulo – SP
Segundas-feiras às 21hs (até 13 de dezembro)

Ilustração
Joe Kubitschek

André BragançaEscrito por André Bragança em 30 de novembro de 2010

(matéria retirada do site: deepbeep - http://www.deepbeep.com.br/blog/multisensorial/ – em 5/12/2010)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Por favor divulguem esse trabalho

Por favor divulguem esse trabalho

 

AUDIOTECA SAL E LUZ

São áudios de 2.700 livros que podem ser enviados a pessoas com deficiência  visual

Divulgue, por favor!
Eles não precisam de dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO!!!



Procure o site
http://www.audioteca.org.br/catalogo.htm
e veja os nomes dos livros falados disponiveis.

Caros amigos,
Venho por meio deste e-mail divulgar o trabalho maravilhoso que é realizado na Audioteca Sal e Luz e corre o risco de acabar.

A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos,que produz e empresta livros falados (audiolivros).

Mas o que seria isto?
São livros que alcançam cegos e deficientes visuais, (inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada) de forma totalmente gratuita.

Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas
corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.

E agora, você está se perguntando: O que eu tenho a ver com
isso?
É simples. Nos ajude divulgando. Se você conhece algum cego ou deficiente visual, fale do nosso trabalho. DIVULGUE!

Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125- Centro. RJ.
Não precisa ser morador do Rio de Janeiro.

A outra opção, foi uma alternativa que se criou face a dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade. Eles podem
solicitar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site, e enviaremos gratuitamente pelos Correios.

A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, se não ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura. Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros...

Ajudem-nos, Divulguem!
Atenciosamente,

Christiane Blume - Audioteca Sal e Luz
Rua Primeiro de Março, 125- 7. Andar

Centro- RJ. CEP 20010-000
Fone:  (21) 2233-8007  (21) 2233-8007

Horário de atendimento: 08 às 16 horas
http://audioteca.org.br/noticias.htm

INSISTINDO: eles não precisam de dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO

 

 

 

 

 


 

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Odin Teatret no Brasil

 

BRASÍLIA
Festival Solos Férteis
17 - 22.11

PROGRAMA

18-20.11 - 9:00-12:00 - Workshop O eco do silencio com Julia Varley

18.11 - 14:30 - O irmão morto - demonstração de trabalho com Julia Varley

18.11 - 14:30 - O eco do silêncio - demonstração de trabalho com Julia Varley

20.11 - 19:00 - O castelo de Holstebro - espetáculo com Julia Varley

20.11 - 20:00 - Lancamento do livro Pedras d'agua, de Julia Varley

21.11 - 18:00 - O castelo de Holstebro - espetáculo com Julia Varley

Para maiores informações:

www.solosferteis.blogspot.com / solosferteis@gmail.com

RIO DE JANEIRO
Teatro Poeira
29.11 - 02.12

PROGRAMA

29.11

21.00 - O castelo de Holstebro (espetáculo público)

30.11-02.12 - CRUZAMENTO DE DRAMATURGIAS (click)

Seminario com Eugenio Barba e Aderbal Freire Filho

30.11

9.30-13.00 - Eugenio Barba trabalha com Julia Varley

14.30-18.00 - Aderbal Freire trabalha com Raquel, Isio, Candido e Gil

18.30 - O eco do silêncio - demonstração de trabalho com Julia Varley (aberta ao público)

1.12

9.30-13.00 - Eugenio Barba trabalha com Julia Varley

14.30-18.00 - Aderbal Freire trabalha com Raquel, Isio, Candido e Gil

18.30 - O irmão morto - demonstração de trabalho com Julia Varley (aberta ao público)

2.12

9.30-13.00 - Eugenio trabalha com Julia Varley

14.00-17.30 - Aderbal Freire trabalha com Raquel, Isio, Candido e Gil

18.00 - O tapete voador demonstração de trabalho com Julia Varley (aberta ao público)

Organizadores e contato para maiores informações:

TEATRO POEIRA em parceria com o Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro

www.teatropoeira.com.br

t. (5521) 2537-8053

Rua São João Batista, 104 / Botafogo

Rio de Janeiro RJ  22.270-030

Brasil

RIO DE JANEIRO
UNIRIO
03.12

Apresentação dos livros:

"Queimar a casa" e "Teatro: solidão, ofício e revolta" de Eugenio Barba

"Pedras d'água" de Julia Varley

Organizadores e contato para maiores informações:

UNIRIO em parceria com o Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro

denisetelles@yahoo.com.br

BRASÍLIA
A ARTE SECRETA DO ATOR
10-15.12

A ARTE SECRETA DO ATOR - BRASIL 2010 - TERCEIRA EDIÇÃO

10 a 15 de dezembro de 2010 em Brasília - DF - Brasil

10.12 - Abertura

19 horas
Matando o tempo - 17 minutos na vida de Mr. Peanut performance com Julia Varley

e relançamento do seu livro Pedras d'água (Teatro Caleidoscópio & Editora Dulcina)

20 horas
Palestra com Eugenio Barba

e coquetel de lançamento da edição em português dos seus livros:

Teatro: Solidão, Ofício e Revolta (Teatro Caleidoscópio & Editora Dulcina)

Queimar a Casa (Editora Perspectiva)

III Workshop COMO PENSAR ATRAVÉS DE AÇÕES (click)

workshop em regime de imersão para atores e diretores

com Eugenio Barba e Julia Varley

Organizadores e contato para maiores informações:

TAO Filmes - Bioscênic Art Group / Cia Yinpiração Poéticas Contemporâneas

Brasilia - Brasil - DF - tels (+55)61 - 92142787 - 8417 8167 - 8402 2696

contato@aartesecretadoator.com.br

P.O.Box 1283
DK-7500 Holstebro · Denmark
Tlf. +45 97424777 · Fax +45 97410482
odin@odinteatret.dk

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Imperdível!!!!

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CEPECA (Centro de Pesquisa em Experimentação Cênica do Ator, da ECA-USP)

com o apoio de LUME TEATRO - UNICAMP

convidam:

"Lembrança"

(um encontro com os atores do Teatro Laboratório de Jerzy Grotowski)

MIECZYSLAW JANOWSKI e ANDRZEJ PALUCHIEWICZ

28/10 - Quinta-feira – das 10 `as 13h. Sala Alfredo Mesquita do Teatro Laboratório – CAC - ECA USP

Após a apresentação do filme do espetáculo O PRÍNCIPE CONSTANTE, os atores irão abordar o processo de construção do espetáculo e o trabalho de criação no Teatro Laboratório de Jerzy Grotowski na sua fase teatral.

Os atores Iaw Janowski e Andrzej Paluchiewicz trabalharam com o
teatrólogo Jerzy Grotowski (1933-1999) no Teatro Laboratório, na
Polônia, na cidade de Wroclaw. Considerado um dos mentores do
teatro contemporâneo e de vanguarda, Grotowski criou técnicas
que revolucionaram o teatro do século XX, defendendo a busca de
um “teatro pobre”, que se concentra no trabalho do ator, dando
menor relevância ao cenário, figurino e iluminação.

Após dez anos de Teatro Laboratório, Janowski recebeu uma bolsa
para estudar em Paris, mas continuou atuando no Teatro Dramático
de Walbrzych e no Teatro Wspolczesny, em Wroclaw, na Polônia.
Entre 1962 e 1986, trabalhou em mais de 85 longas-metragens.
Atualmente, Janowski conduz projetos educacionais.

Paluchiewicz trabalhou com Grotowski por mais de uma década como
ator no Teatro Laboratório até o início da fase Parateatral de Grotowski. Também auxiliou Grotowski em seu livro “Em busca de um Teatro Pobre”, como autor de uma coleção exclusiva de fotos que documentam um longo período de trabalho do grupo.

Realização: CEPECA (CENTRO DE PESQUISA EM EXPERIMENTAÇÃO CÊNICA DO ATOR) – USP

Apoio: LUME – UNICAMP

Agradecimento: Magdalena Wielgosinska (tradutora)

Foto: Carlota Cafiero

Teatro Laboratório - Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, 215 - Cidade Universitária - São Paulo

www.eca.usp.br/cepeca

ABERTO AO PÚBLICO – ENTRADA FRANCA

Paradise Now: The Living Theatre in Amerika DVD trailer

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Entre Divas e Senhoritas na Opsis

 

 
Entre Divas e SenhoritasPara quem ainda não viu e para quem quer assistir novamente,
o Teatro de Senhoritas apresenta

ENTRE DIVAS E SENHORITAS

com Isis Madi e Sandra Pestana
direção de Débora Zamarioli

Onde? Opsis Casa de Artes Dramáticas
            Rua Toledo Barbosa, 180 A - São Paulo/SP
            perto do metrô Belém
Quando? Amanhã - 16/10 às 20 horas
Quanto? 1 kg de alimento não perecível

Beijos
Débora

Visite nosso blog:
http://teatrodesenhoritas.blogspot.com

  --
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De uma palestra proferida por Grotowski no Festival de Teatro de Santo Arcangelo (Itália), em junho de 1988.

Método das ações físicas

Os atores pensavam poder organizar seu papel através das emoções e Stanislavski por muitos anos de sua vida pensou assim, de maneira emotiva. O velho Stanislavski descobriu verdades fundamentais e uma delas, essencial para o seu trabalho, é a de que a emoção é independente da vontade. Podemos tomar muitos exemplos da vida cotidiana. Não quero estar irritado com determinada situação mas estou. Quero amar uma pessoa mas não posso amá-la, me apaixono por uma pessoa contra a minha vontade, procuro a alegria e não acho, estou triste, não quero estar triste, mas estou. O que quer dizer tudo isso? Que as emoções são independentes da nossa vontade. Agora, podemos achar toda a força, toda a riqueza de emoções de um momento, também durante um ensaio, mas no dia seguinte isto não se apresenta porque as emoções são independentes da vontade. Esta é uma coisa realmente fundamental. Ao contrário, o que é que depende da nossa vontade? São as pequenas ações, pequenas nos elementos de comportamento, mas realmente as pequenas coisas - eu penso no canto dos olhos, a mão tem um certo ritmo, vejo minha mão com meus olhos, do lado dos meus olhos quando falo minha mão faz um certo ritmo, procuro concentrar-me e não olhar para o grande movimento de leques (referência às pessoas se abanando no auditório) e num certo ponto olho para certos rostos, isto é uma ação. Quando disse olho, identifico uma pessoa, não para vocês, mas para mim mesmo, porque eu a estou observando e me perguntando onde já a encontrei. Vejam a posição da cabeça e da mão mudou, porque fazemos sempre uma projeção da imagem no espaço; primeiro esta pessoa aqui, onde a encontrei, em qualquer lugar a encontrei, qualquer parte do espaço e agora capto o olhar de um outro que está interessado e entende que tudo isso são ações, são as pequenas ações que Stanislavski chamou de físicas. Para evitar a confusão com sentimento, deve ser formulável nas categorias físicas, para ser operativo. é nesse sentido que Stanislavski falou de ações físicas. Se pode dizer física justamente por indicar objetividade, quer dizer, que não é sugestivo, mas que se pode captar do exterior.

O que é preciso compreender logo, é o que não são ações físicas. As atividades não são ações físicas. As atividades no sentido de limpar o chão, lavar os pratos, fumar cachimbo, não são ações físicas, são atividades. Pessoas que pensam trabalhar sobre o método das ações físicas fazem sempre esta confusão. Muito freqüentemente o diretor que diz trabalhar segundo as ações físicas manda lavar pratos e o chão. Mas a atividade pode se transformar em ação física. Por exemplo, se vocês me colocarem uma pergunta muito embaraçosa, que é quase sempre a regra, eu tenho que ganhar tempo. Começo então a preparar meu cachimbo de maneira muito "sólida". Neste momento vira ação física, porque isto me serve neste momento. Estou realmente muito ocupado em preparar o cachimbo, acender o fogo, assim DEPOIS posso responder à pergunta.

Outra confusão relativa às ações físicas, a de que as ações físicas são gestos. Os atores normalmente fazem muitos gestos pensando que este é o mistério. Existem gestos profissionais - como os do padre. Sempre assim, muito sacramentais. Isto são gestos, não ações. São pessoas nas situações de vida. Pois sobretudo nas situações de tensão, que exigem resposta imediata, ou ao contrário em situações positivas, de amor, por exemplo, também aqui se exige uma resposta imediata, não se fazem gestos nessas situações, mesmo que pareçam ser gestos. O ator que representa Romeu de maneira banal fará um gesto amoroso, mas o verdadeiro Romeu vai procurar outra coisa; de fora pode dar a impressão de será mesma coisa, mas é completamente diferente. Através da pesquisa dessa coisa quente, existe como que uma ponte, um canal entre dois seres, que não é mais físico. Neste momento Julieta é amante ou talvez uma mãe. Também isto, de fora, dá a impressão de ser qualquer coisa de igual, parecida, mas a verdadeira reação é ação. O gesto do ator Romeu é artificial, é uma banalidade, um clichê ou simplesmente uma convenção, se representa a cara de amor assim. Vejam a mesma coisa com o cachimbo, que por si só é banal, transformando-a a partir do interior, através da intenção - nesta ponte viva, e a ação física não é mais um gesto.

O que é gesto se olharmos do exterior? Como reconhecer facilmente o gesto? O gesto é uma ação periférica do corpo, não nasce no interior do corpo, mas na periferia. Por exemplo, quando os camponeses cumprimentam as visitas, se são ainda ligados à vida tradicional, o movimento da mão começa dentro do corpo (Grotowski mostra), e os da cidade assim (mostra). Este é o gesto. Ação é alguma coisa mais, porque nasce no interior do corpo. Quase sempre o gesto encontra-se na periferia, nas "caras", nesta parte das mãos, nos pés, pois os gestos muito freqüentemente não se originam na coluna vertebral. As ações, ao contrário, estão radicadas na coluna vertebral e habitam o corpo. O gesto de amor do ator sairá daqui, mas a ação, mesmo se exteriormente parecer igual será diversa, começa ou de qualquer parte do corpo onde existe um plexo ou da coluna vertebral, aqui estará na periferia só o final da ação. é preciso compreender que há uma grande diferença entre Sintomas e Signos/Símbolos. Existem pequenos impulsos do corpo que são Sintomas. Não são realmente dependentes da vontade, pelo menos não são conscientes - por exemplo, quando alguém enrubesce, é um Sintoma, mas quando faz um Símbolo de estar nervoso, este é um Símbolo (bate com o cachimbo na mesa). Todo o Teatro Oriental é baseado sobre os Símbolos trabalhados. Muito freqüentemente na interpretação do ator estamos entre duas margens. Por exemplo, as pernas se movem quando estamos impacientes. Tudo isso está entre os Sintomas e Símbolos. Se isto é derivado e utilizado para um certo fim se transforma em uma ação.

Outra coisa é fazer a relação entre movimento e ação. O movimento, como na coreografia, não é ação física, mas cada ação física pode ser colocada em uma forma, em um ritmo, seria dizer que cada ação física, mesmo a mais simples, pode vir a ser uma estrutura, uma partícula de interpretação perfeitamente estruturada, organizada, ritmada. Do exterior, nos dois casos, estamos diante de uma coreografia. Mas no primeiro caso coreografia é somente movimento, e no segundo é o exterior de um ciclo de ações intencionais. Quer dizer que no segundo caso a coreografia é parida no fim, como a estruturação de reações na vida.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Espaço Tchékhov 2010

 

Espaço Tchekhov 2010

 

A Funarte em parceria com o Festival Internacional de Teatro A. Tchékhov de Moscou inaugura ocupação de dois meses no seu Complexo Cultural em São Paulo com espetáculos, exposição, workshops e debates dedicados ao 150º aniversário do nascimento do autor russo, celebrado em todo o mundo neste ano de 2010.

 

Espaço Tchekhov 2010

De 17 de setembro a 10 de novembro de 2010

Complexo Cultural da Funarte – Alameda Nothmann, 1058 – Barra Funda

Diariamente aberto para visitação das 14h às 20h horas

Informações: Telefone 011 382256 -71 ou -69 ou -77

Entrada gratuita

 

 

APRESENTAÇÕES:

 

Tchekhov4 – Uma Experiência Cênica

Direção: Adolf Shapiro. Cenário: Hideki Matsuka. Figurino: Simone Mina. Com: Cia. Mundana (Aury Porto, Luah Guimarãez, Fredy Állan, Lúcia Romano, Sylvia Prado, Sérgio Siviero, Silvio Restiffe e Vanderlei Bernardino). Participação especial: Tieza Tissi e Priscilla Herrerias.

Estréia na segunda-feira, dia 20 de setembro, às 20h30. Outras apresentações de 21 a 29 de setembro e de 18 de outubro a 10 de novembro, sempre de segunda-feira a quarta-feira às 20h30.

Duração: 2 horas. Retirada de senha a partir de uma hora antes de cada apresentação (50 lugares)

 

Temas Para Um Pequeno Conto. Um Áudio-Tour Tchekhoviano pela Barra Funda

Coordenação: Coletivo Lat 23 (Cláudio Bueno, Denise Agassi, Marcus Bastos e Nacho Durán)

Estréia na quinta-feira, dia 30 de setembro, às 16h. Demais apresentações de 1 a 13 de outubro, diariamente (com exceção do dia 9 de outubro), às 16h.

Duração: 45 min. Retirada de senha a partir de uma hora antes de cada apresentação (10 lugares)

 

Enfermarias No. 1-6 – Visitação Em Uma Instalação Cênica

Coordenação: Maria Volskaia e Lígia Cortez.

Estreia na quinta-feira, dia 14 de outubro às 20h30. Outras apresentações de 15 de outubro a 7 de novembro, sempre nas quinta-feira às 20h30 a de sexta-feira à domingo às 19h30.

Duração: 1 hora. Retirada de senha a partir de uma hora antes de cada apresentação (aprox. 50 lugares)

Leituras abertas de textos de Tchekhov: sexta-feira, dia 17 de setembro às 19h, e sábado, dia 18 de setembro, a partir das 14h.

 

Pequenas Mortes (Procedimento 2)

Concepção e performance: Vera Sala

Estreia na sexta-feira, dia 24 de setembro às 20h. Outras apresentações: Sábado, dia 25 de setembro, às 16h e 20h, e domingo, dia 26 de setembro, às 19h.

Duração: 45 min. Retirada de senha a partir de uma hora antes de cada apresentação (50 lugares)

 

Antocha

Roteiro e Interpretação: Mônica Simões e Carlos Gaucho. Confecção da Boneca Antocha e Figurino: Mônica Simões. Composição da trilha sonora: Carlos Gaúcho. Produção: Grupo Caixa de Imagens

Estreia na terça-feira, dia 12 de outubro, ao entardecer (por volta das 19h30). Outras apresentações às terças-feiras, dias 19 e 26 de outubro e 9 de novembro, por volta das 19h30. Duração: 30 min.

 

Por Acaso

Interpretação, Trilha Sonora especialmente composta, Figurino e Adaptação do conto Trapaceiros à Força de Anton Tchéchov: Mônica Simões e Carlos Gaucho. Produção: Grupo Caixa de Imagens.

Apresentações em escolas, seguidas por visitas guiadas na exposição. Escolas interessadas por gentileza contatar a Sra. Carminha Góngora, carminha.gongora@gmail.com, Tel. 011 9992 8955, ou a interior Produções Artísticas Internacionais, Telefone: 011 3255 4892.

Dias disponíveis: 27, 28 e 30 de setembro, 1, 4, 6 e 7 de outubro. Duração: 30 min.

 

 

 

EM EXPOSIÇÃO PERMANENTE:

 

E A Vida Continua – Uma Etnografia Tchekhoviana

Com o Coletivo Lat 23 (Cláudio Bueno, Denise Agassi, Marcus Bastos e Nacho Durán)

Oficinas: dias 9 e 30 de outubro, 14h à 18h. Aberta aos interessados em geral (menores de 15 anos deverão estar acompanhados por responsáveis), 20 vagas. Favor registra-se no Espaço Tchekhov 2010.

 

Valsando com Tchekhov

Instalação de José Roberto Aguilar (2010)

 

Tchekhov no Teatro Brasileiro

Documentação com imagens e textos. Curadoria: Antônio Gilberto

 

Tchekhov 150 anos. Textos e imagens

Coordenação: Ricardo Muniz Fernandes / Hideki Matsuka.

  

 

PALESTRAS, DEBATES E APRESENTAÇÕES DE VÍDEOS:

Coordenação: Elena Vassina

 

A Poética de Tchékhov

Com Boris Schnaiderman e Elena Vassina

Quinta-feira, 23 de setembro, 19h.

 

Cenografia e Figurino Tchekhoviano

Com Maria Volskaia e outros

Quinta-feira, 7 de outubro, 19h.

 

Tchékhov e o Teatro Contemporâneo

Com Antonio Araújo e outros

Quinta-feira, 21 de outubro, 19h.

 

Jardim Shapiro

Debate sobre o processo de trabalho do projeto Tchekhov4 – Uma Experiência Cênica com integrantes da Cia. Mundana de Teatro e apresentação de vídeo de uma montagem de Tchekhov com direção de Adolf Shapiro, com comentário de Elena Vassina.

Quinta-feira, 4 de novembro, 19h.

 

Apresentações de vídeo com comentários

Quinta-feira, 30 de setembro, 19h. Apresentação: Priscilla Herrerias

Quinta-feira, 14 de outubro, 19h. Apresentação: Tieza Tissi

Quinta-feira, 28 de outubro, 19h. Apresentação: Simone Shuba



O Espaço Tchekhov 2010 é um lugar situado no cruzamento entre o teatro, suas coxias e camarins, cenários e gabinetes de pesquisa e trabalho. Uma mixagem da história e dos enredos possíveis com a obra de Anton Tchekhov, importante dramaturgo e escritor russo. A Fundação Nacional de Artes (Funarte) realiza este evento multidisciplinar em parceria com o Festival Internacional de Teatro Anton Tchekhov de Moscou, como mais um passo na aproximação cultural do Brasil e da Rússia.

 

Espaço Tchekhov 2010 acontece de 17 de setembro a 10 de novembro no Complexo Cultural da Funarte em São Paulo, na Alameda Nothmann (incluindo uma ocupação do Teatro de Arena Eugenio Kusnet) em um projeto composto por várias experiências ligadas à obra teatral e literária do autor Anton P. Tchekhov (1860-1904), mixando imagens da vida e da obra do autor, na Rússia e no Brasil, criando um lugar situado entre o real e a ficção.

 

 

Um dos principais destaques da mostra é a montagem inédita de Tchekhov4 - Uma Experiência Cênica, com estréia no dia 20 de setembro, sob a direção do mestre e diretor de teatro russo Adolf Shapiro. Com esse projeto inédito – primeira vez que um diretor russo dirige um espetáculo com atores brasileiros – a recém-criada Cia. Mundana de Teatro continua, após o sucesso da sua encenação de O Idiota de Dostoievski, a explorar o mundo da literatura russa. Shapiro é ganhador do Prêmio Internacional Stanislavski, entre outros, e é reconhecido internacionalmente como um dos mais importantes encenadores das peças de Tchekhov. Durante uma residência em São Paulo, em agosto passado, Shapiro trabalhou intensivamente com os integrantes da Cia. Mundana de Teatro nas quatro mais famosas peças de Tchekhov - A Gaivota, Tio Vânia, O Jardim das Cerejeiras e As Três Irmãs - montando em quatro espaços diferentes da exposição uma performance de quatro atos, composta por um ato de cada uma destas peças. O público assiste ao primeiro ato de A Gaivota, ao segundo ato de Tio Vânia, ao terceiro ato de O Jardim das Cerejeiras e ao último e quarto ato de As Três Irmãs.

 

Tchekhov em todos seus textos falava da existência humana, e suas histórias cotidianas e banais. Escritos no final do século XIX, os seus contos e todo seu imaginário possuem uma atualidade significativa. Suas narrativas falam e estão conectadas a qualquer lugar do mundo e dizem respeito à vida de todos nós. Tomando esta idéia como base e perspectiva, o Coletivo Lat 23 percorre e mapea as imediações do Complexo Cultural Al. Nothmann e em seguida também dos outros espaços culturais da Funarte em São Paulo (Teatro Arena Eugenio Kusnet, TBC), realizando outra cartografia dos bairros, uma etnografia concreta e imaginária de espaços e personagens presentes na obra de Tchekhov e ainda "sobreviventes" pelos bairros da Barra Funda e Santa Cecília, Republica, Consolação, e Bela Vista – ligando casas, apartamentos, jardins, funcionários, trabalhadores, mulheres, crianças, miseráveis e burgueses do século XIX aos habitantes do centro de São Paulo neste início do século XXI. E A Vida Continua - Uma Etnografia Tchekhoviana é um projeto a ser desenvolvido em um processo de residência artística do Coletivo Lat 23, durante todo o Espaço Tchekhov 2010. Através de registros na internet (http://lat23.net/), do sistema GPS, e com mapas e guias impressos e disponíveis no espaço, o público segue descobrindo as cartografias inventadas.

Em dois workshops, nos dias 9 e 30 de outubro, o público é convidado a inserir novos conteúdos a estes mapas.

A partir do dia 30 de setembro o Coletivo Lat 23 estréia um Áudio-Tour sob o título Temas Para Um Pequeno Conto (paráfrase da famosa expressão de Trigorin em A Gaivota) em que os espectadores podem vivenciar o cruzamento entre textos tchekhovianos e a realidade paulistana, caminhando pelo bairro com fones de ouvido (diariamente de 30 de setembro a 8 de outubro e de 10 a 13 de outubro, sempre às 16h).

 

A jovem artista russa, premiada cenógrafa e figurinista, Maria Volskaia, reconhecida por seu trabalho com Dmitri Krymov na Escola de Arte Dramática de Moscou, entre outros, inicia nos dias 17 e 18 de setembro com duas leituras públicas de textos de Tchekhov um processo de criação com jovens atores e alunos de teatro, que durante um período de 4 semanas dá origem ao projeto teatral-cenográfico Enfermarias No. 1-6 – Visitação À Uma Instalação Cênica, co-dirigido por Lígia Cortez, com estreia prevista para o dia 14 de outubro. Estas duas criadoras irão construir espaços móveis com personagens e figuras tchekhovianas numa mostra ao vivo. Em uma analogia a Enfermaria nº 6, conhecido conto de Anton Tchekhov, recria-se seu mundo, em pleno uso e interação com outro tempo e espaço, como uma obra em movimento.

 

O grupo Caixa de Imagens participa com duas intervenções cênicas no Espaço Tchekhov 2010. Circulando pelas escolas da região, o grupo leva do autor o conto Trapaceiros à Força às salas de aula. Sob o título Por Acaso a companhia une a revolução da forma narrativa em Tchekhov com a difusão da obra literária de maneira surpreendente. Depois de ter realizada esta mínima (e ao mesmo tempo gigantesca) encenação na periferia de São Paulo, o Caixa de Imagens traz a experiência da periferia ao centro da cidade, questionando ao mesmo tempo sentido e conteúdo do periférico e do central. Outra intervenção cênica do grupo, nas ruas, dentro e em torno do complexo cultural da Funarte, será a partir do dia 12 de outubro apresentada ao entardecer sob o titulo Antocha e tem como ponto de partida a frase de Nabokov sobre Tchekhov: Todas as personagens de Tchekhov tropeçam nas pedras porque não conseguem tirar os olhos das estrelas. Uma pequena boneca, ícone do trabalho do grupo, segue pelas ruas com uma minúscula lanterna e um músico ambulante, levando aos moradores do entorno a poesia das estrelas e a verdade poética dos tropeços.

 

Várias outras instalações e intervenções cênicas acontecem ao longo da programação, tais como a instalação do renomado artista visual José Roberto Aguilar que cria seu próprio espaço sob o título Valsando com Tchekhov (em exposição permanente), ou o corpo-instalação Pequenas Mortes (Procedimento 2) da performer Vera Sala (24-26 de setembro).

Nas paredes e esquinas do Espaço Tchekhov 2010, textos impressos e grafitados introduzem ao universo ficcional e pessoal de Anton Tchekhov, além de apresentar comentários de outros autores que situam sua obra em perspectivas históricas e poéticas. A idéia deste projeto é entrelaçar vida, obra e o momento histórico em que Tchekhov viveu, com a atualidade e a história brasileira, seja através da exposição e sua farta documentação sobre as montagens e encenações brasileiras (com curadoria de Antônio Gilberto) abrangendo desde a clássica montagem de Ziembinski de As Três Irmãs (1960) à surpreendente montagem de Zé Celso do mesmo tempo, até a "desconstrução cênica" de Enrique Diaz de A Gaivota (2008).

 

Coordenado pela curadora geral do evento, Elena Vassina (USP), todas as quintas-feiras haverá mesas-redondas e debates com o público ou apresentações em vídeo com comentários criticos de montagens marcantes de Tchekhov no teatro mundial (como os de Peter Stein, Giorgio Strehler ou Adolf Shapiro). Participam nestas mesas artistas e especialistas como Antônio Araujo e Boris Schnaiderman, entre outros, para discutir temas como A Poética de Tchekhov (23 de setembro), Cenografia e Figurino Tchekhoviano (7 de outubro), Tchekhov e o Teatro Contemporâneo (21 de outubro) e Tchekhov, Stanislavski e o Trabalho do Ator (4 de novembro).

A Elena Vassina também coordena uma primeira visita guiada pela exposição no domingo, dia 19 de setembro, às 16h.

 

O Espaço Tchekhov 2010 na sua concepção inicial tomou emprestada a idéia de Virginia Woolf sobre a obra de Anton Tchekhov: Estas histórias sobre quase nada, onde nosso horizonte se amplia e podemos assim ganhar um espantoso sentido de liberdade. O conceito inovador da fusão entre uma exposição e um espaço cênico-cenográfico é realizado pela equipe de Ricardo Muniz Fernandes e Hideki Matsuka, que em 2008 criaram exposição-intervenção Tokyogaqui. A produção do evento é da interior Produções Artísticas Internacionais.


 

Boletim Funarte 35



Human Mirror

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

TEATRO

 

HOMENAGEM Espaço Tchekhov 2010

Evento celebra autor russo

Na próxima segunda (dia 20), a Funarte inaugura a ocupação "Espaço Tchekhov 2010". Serão dois meses com espetáculos de teatro, exposição, oficinas e debates dedicados ao 150º aniversário do nascimento do autor.
Com direção do russo Adolf Shapiro, a Cia. Mundana de Teatro abre a programação com a estreia da peça "Tchekhov4 - Uma Experiência Cênica", que traz atuações de Lúcia Romano, Luah Guimarãez e Sylvia Prado. Realizado em parceria com o Festival Internacional de Teatro Anton Tchekhov de Moscou, o evento tem curadoria de Elena Vassina, especialista em literatura russa e professora da USP. Confira a programação completa no site www.funarte.gov.br. Funarte São Paulo - al. Nothmann, 1.058, Campos Elíseos, tel. 3822-5671. 50 lugares. 120 min. Não recomendado para menores de 12 anos. Seg. a qua.: 20h30. Até 29/9. Retirar ingr. c/ uma hora de antecedência. a d n

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Uma reflexão sobre os eventos extremos

 

*FUNDAÇÃO BUNGE E ESTAÇÃO CIÊNCIA da USP PROMOVEM ENCONTROS SOBRE EVENTOS


EXTREMOS*

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*O ciclo de palestras, realizado de setembro a novembro, trará especialistas renomados da área e propõe uma reflexão sobre os impactos e oportunidades desses acontecimentos naturais*

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A Fundação Bunge e a Estação Ciência da USP uniram-se para promover até o final do ano um ciclo de palestras (22/09, 27/10, 17/11 e 18/11) com o tema "Conhecer para Sustentar: uma reflexão sobre os eventos extremos", das 14h30 às 17h30, para discutir o assunto e seus impactos e oportunidades, que acontecerão na sede da Estação Ciência (Rua Guaicurus, 1394 - Lapa). Esses eventos fazem parte do projeto da Fundação Bunge "Conhecer para Sustentar: Vale do Itajaí", criado para compreender e disseminar conhecimento sobre as questões relacionadas às fortes chuvas que atingiram mais de 1,5 milhão de pessoas em Santa Catarina em 2008. A inscrição é gratuita e pode ser realizada pelos links
http://www.eciencia.usp.br/inscricao/ ou www.fundacaobunge.org.br.



De junho a agosto a Fundação Bunge implementou uma nova ação do projeto, em que reuniu mais de 1 mil educadores de 22 municípios e 405 escolas do Vale do Itajaí/SC para entenderem os desafios da sustentabilidade e o compromisso da educação. A partir desse aprendizado e aplicação em sala de aula, professores e alunos produzirão trabalhos para serem expostos em novembro, na cidade de Gaspar/SC. Agora, em São Paulo, a proposta é levar conhecimento para o público em geral, interessado pelo tema.



"Trazer esse tipo de reflexão para São Paulo dará maior visibilidade e conhecimento ao tema Eventos Extremos que tem afetado diversas regiões do Brasil. Só neste ano tivemos casos em São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas e Pernambuco", conta Helio Dias, diretor da Estação Ciência. "Nosso maior objetivo com esse ciclo de palestras é trazer essa discussão para nosso dia a dia, analisar seus impactos e oportunidades do ponto de vista não só ambiental, como estamos acostumados, mas também econômico, social e cultural, complementa Cláudia Calais, diretora da Fundação Bunge.


Esse ciclo de palestras e o trabalho de formação com educadores do Vale do Itajaí/SC serão transformados em um kit, desenvolvido pela Fundação Bunge, com vídeos e encarte pedagógico que trará informações de como este material poderá ser utilizado em sala de aula. Este kit será distribuído, gratuitamente, para escolas, bibliotecas, universidades e empresas.

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*Programação completa*

*22 de Setembro*

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*14h30* - Credenciamento
*15h00* - Abertura
*15h20* - Palestra: Uma reflexão sobre os Eventos Extremos - Prof. Carlos Nobre - Chefe do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE
*16h00* - Palestra: Eventos Extremos: estamos preparados? - Francisco de Assis Diniz - Assistente Técnico do Diretor do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET
*16h40 *- Debate
*17h20* - Encerramento
*17h30* - Término do Evento**



*27 de Outubro*

*14h30* - Credenciamento
*15h00* - Abertura
*15h10* - Palestra: Reflexão Econômica dos Eventos Extremos: impactos e oportunidades -Carolina Dubeux - Pesquisadora do Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Centro Clima/COPPE/UFRJ
*15h30* - Palestra: Reflexão Social dos Eventos Extremos: impactos e oportunidades - Prof. Adilson Avansi de Abreu - Prof. Titular do departamento de geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP
*15h50* - Palestra: Reflexão Ambiental dos Eventos Extremos: impactos e oportunidades - Prof. Tercio Ambrizi - Diretor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP
*16h10* - Palestra: Reflexão Cultural dos Eventos Extremos: impactos e oportunidades - Prof. Edgar de Assis Carvalho - Professor Titular do Departamento de Antropologia, Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC-SP e Coordenador do Núcleo de Estudos da Complexidade
*16h30* - Debate
*17h30* - Encerramento**

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*17 de Novembro*

*14h30* - Credenciamento
*15h00* - Abertura
*15h20* - Palestra: A Cidade Sustentável - Dr. Sergio C. Trindade - Co-laureado, IPCC, Prêmio Nobel da Paz 2007
*16h00* - Palestra: Reconstrução Responsável - Sr. Mitch Landrieu - Prefeito de New Orleans / Estados Unidos
*16h40* - Palestra: Reconstrução Responsável (Experiência Nacional / Políticas Públicas) - Márcio Fortes - Ministro das Cidades
*17h00* - Relato da experiência de Santa Catarina - Celso Zuchi - Prefeito Municipal de Gaspar/SC
*17h20* - Debate
*17h50* - Encerramento
*18h00* - Término do Evento

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*18 de Novembro*

*14h30* - Credenciamento
*15h00* - Abertura
*15h10* - Intervenção Cultural - "O Poeta, o Rio e a Cidade"
*15h20* - Palestra: Os Desafios da Sustentabilidade e o Compromisso da Educação - Prof. Lino de Macedo - Prof. Titular do Instituto de Psicologia da USP
*16h00 *- Palestra: Experiência da rede de ensino do Vale do Itajaí / SC - Prof.ª Ângela Hoemke - Mestre em Educação e Pós-Graduada em Currículo e Metodologia das séries iniciais do ensino fundamental e educação infantil pela Univali.
*16h30* - Debate
*17h00* - Visita Monitorada à Exposição "O Planeta Terra e a Preservação Ambiental", da Estação Ciência
*17h30* - Término do Evento**

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*Sobre a Fundação Bunge*

A Fundação Bunge foi criada em 1955 com o objetivo de desenvolver ações de responsabilidade social do grupo Bunge no Brasil. Esse trabalhou evoluiu ao longo do tempo para abranger também ações voltadas para a Sustentabilidade. A Fundação Bunge acredita que compartilhar conhecimento, disseminar a inovação e formar pessoas conscientes de que são as responsáveis pelas transformações que desejam é a forma de garantir no presente a construção de uma sociedade sustentável no futuro.



As iniciativas da Fundação Bunge dividem-se em três pilares de atuação: Incentivo à Excelência e ao Conhecimento Sustentável (Prêmio Fundação Bunge e apoio a estudos e pesquisas voltados para a Sustentabilidade); Socioambiental (Comunidade Educativa, um programa de escola sustentável e Comunidade Criativa, um programa de formação de jovens para o desenvolvimento local sustentável) e Preservação da Memória (Centro de Memória Bunge).

Fundação Bunge. Alimentar Ideias é Sustentar o Mundo.

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*Sobre a Estação Ciência*

Há mais de 20 anos promovendo exposições e atividades diversas de divulgação científica, a Estação Ciência é um órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP. Todas as suas ações procuram demonstrar ao grande público, adultos e crianças como a ciência e a tecnologia fazem parte do nosso dia-a-dia, apresentando os temas de forma lúdica e prazerosa, conseguindo aguçar a curiosidade e o senso de observação das pessoas. Além das exposições permanentes, a Estação também recebe mostras temporárias e ainda disponibiliza uma gama de exposições itinerantes que podem ser levadas para outras cidades e estados. Há, ainda, apresentação de shows e eventos com temas científicos, mostras especiais, projetos educacionais permanentes e a experimentoteca, que empresta gratuitamente kits portáteis de experimentos científicos.


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*Informações* :

Michel Sitnik |
michel@eciencia.usp.br | (11) 3871 6755
Eduardo Santiago |
eduardo@eciencia.usp.br | (11) 3871 6756
Mariana Bolognani |
mariana@eciencia.usp.br | (11) 3871 6780
Patrícia Mourad | patrí
cia@eciencia.usp.br | (11) 3871 6771
Manoel M. Fernandes Jr. |
manoel@eciencia.usp.br | (11) 3871 6768


*Cordialmente,*

*Prof.Dr. Helio Dias
Diretor da Estação Ciência da Universidade de São Paulo*

 



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Mensagem enviada por: Departamento de Informática. Segue em conformidade
com a resolução 03 da CTI, que dispõe sobre a difusão de e-mails
para a comunidade USP.
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Isabela, a astróloga de Araque.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

ECUM abre inscrições para programação gratuita em São Paulo

 
 


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ECUM abre inscrições para atividades em SP do ano 2 do Centro Internacional de Pesquisa Sobre a Formação em Artes Cênicas

Entre 26 de agosto e 06 de setembro de 2010, o ECUM – CENTRO INTERNACIONAL DE PESQUISA SOBRE A FORMAÇÃO EM ARTES CÊNICAS abre as inscrições para a programação gratuita em São Paulo. Entre os dias 1º e 5 de novembro de 2010, por meio de uma parceria com a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, o ECUM realiza na capital paulista oficinas e conferências com os renomados artistas pedagogos russos Alexey Levinskiy, Tatiana Stepantchenko e Anatoli Vassiliev, um dos principais encenadores da Rússia nos últimos 20 anos e responsável pela criação da Escola de Arte Dramática em Moscou.

Os interessados devem preencher a ficha de inscrições disponível no site www.ecum.com.br e enviar para o email centrodeformacaomg@ecum.com.br com a carta de motivação e currículo anexados.

Esse programa de oficinas foi lançado em outubro de 2009 no calendário do Ano da França no Brasil e dá início às atividades de um centro internacional de pesquisa em artes cênicas com sede em Belo Horizonte (previsto para 2011). A coordenação pedagógica é de Ana Teixeira (Grupo Amok Teatro/Rio de Janeiro) e Fernando Mencarelli (UFMG) e a coordenação geral é de Guilherme Marques. A curadora convidada é Maria Thaís (UNICAMP/ Cia Teatro Balagan/SP). A Curadoria permanente é de Beatrice Picon-Vallin e Jean François-Dusigne. O ECUM é realizado com os benefícios da lei federal de incentivo à Cultura e é apresentado pela CEMIG. A realização é da ECUM – Central de Produção em parceria com a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco e Olhares – Instituto Cultural.

Abaixo, segue descrição detalhada do programa a ser realizado em São Paulo:

OFICINAS
1 a 5 de novembro de 2010, de 10h30 a 13h30 e 14h30 a 17h30
Local: SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco
Observação: No dia em que os convidados ministram conferência, não haverá oficina no período da tarde.

1) INICIAÇÃO À BIOMECÂNICA / Alexey Levinskiy
Vagas efetivas: 16 atores
De quais saberes um ator contemporâneo necessita? Quais técnicas podem ajudá-lo a adquirir estes saberes? Esta oficina propõe estudar os elementos práticos da biomecânica e, paralelamente, será feito um trabalho sobre as pesquisas de Meyerhold, sobre o movimento cênico e a biomecânica, através de comentários de textos, imagens e vídeos. O objetivo é levar os atores a sentir e a compreender como a biomecânica pode ajudar o ator a se perceber no tempo e no espaço cênico, ensinar o equilíbrio e a coordenação.

Alexey Levisnkiy é ator, diretor e professor. Laureado com o State Prize, foi graduado pelo School-Studio of MkhAT em 1969. Foi um dos atores líderes do Satire Theatre, em Moscou nos anos 70. Começou a estudar a bicomecânica com Nicolai Georgyevich Kustov, antigo colega de Meyerhold e professor de biomecânica na escola GosTIM  nos anos 30. Em 1979 ele se formou no GITIS Higher Directors'School. Levinsky atuou em peças escritas por Ostrowsky, Beckett, Molière, Brecht, Shakespeare e outros. Atualmente trabalha como ator e diretor nos teatros de Moscou OKOLO e no Teatro Ermolova e ministra master classes de biomecânica no Meyerhold Centre e também na Áustria, Alemanha. EUA, Holanda, Reino Unido e outros países.

2) A ANÁLISE-AÇÃO OU COMO SE SERVIR / Tatiana Stepantchenko
Vagas efetivas: 15 atores e 5 diretores
Esta oficina tem por objetivo oferecer as chaves para a prática do "Método de Ações Físicas", ou a "Análise da peça pelas ações físicas", que constituem a base da Escola Russa Moderna do Ator. Um método conjunto para o ator e o diretor que se apóia sobre uma síntese das pedagogias de Michael Cechov e Maria Knebel. A ação psicofísica, pertinente e justificada enquanto motor do jogo. Neste dispositivo de trabalho, o ator e o diretor estão intimamente ligados em cena e constituem uma entidade ativa encarregada de desenvolver conjuntamente o personagem e desenvolver a ação dramática em uma determinada dramaturgia.

Texto de trabalho: A Gaivota de Tchekhov.
Condição de trabalho para os participantes: é necessário ter boa condição física.

Tatiana Stepantchenko é atriz e diretora formada no GITIS de Moscou sob a direção de Maria Knebel (antiga aluna de Stanislavski e assistente de Michael Cechov). Tem uma carreira de atriz na Rússia, na Alemanha e na França. No momento atua em Moscou interpretando Fedra de Marina Tsvetaeva e já dirigiu diversos espetáculos na França e Alemanha. Como pedagoga, dirige seminários de formação em Munique (Academia Superior de Teatro - Prinzregen Theater), em Essen (Folkwanghochschule) e na França, no Estúdio Phénix em Valenciennes, no Centro Dramático de Béthune, na ARTA - Cartoucherie de Vincennes, assim como em outros centros de formação na França, Itália, Alemanha e Polônia.

3) O TEXTO LITRÁRIO E A IMPROVISAÇÃO / Anatoli Vassiliev / Assistente: Natacha Isaeva
Vagas efetivas: 16 atores
O atelier gira em torno de uma mesma problemática e pode ser traduzida a partir dos seguintes temas: "o texto duro e a liberdade" e "o texto do autor e a passagem para o texto cênico".
Texto de trabalho: A Gaivota e Tio Vânia, de Anton Tchekhov.
A base teórica deste trabalho pode ser encontrada no livro: A Un Unico Lettore, de Anatoli Vassiliev.
Condição de trabalho para os participantes: profissionais com experiência

Anatoli Vassiliev formou-se em direção teatral no Instituto de Artes do Teatro (GITIS) de Moscou, onde foi aluno de Maria Knebel. Depois de sua formatura, ele dirige várias companhias de teatro de Moscou. Em 1987, abre seu teatro-laboratório The School of Dramatic Art com o espetáculo Seis Personagens a Procura de um Autor de Pirandello, que parte em turnê pelo mundo. Com esta produção, Vassiliev passa a ser aclamado como um dos diretores de teatro mais interessantes de sua geração. Seus espetáculos participaram dos mais importantes festivais internacionais e seu trabalho pedagógico viaja por diversos países. Convidado para trabalhar como diretor em várias companhias européias, ele realizou projetos artísticos com a Academia Experimental de Artes Teatrais em Paris e com o grupo do Workcenter de Jerzy Grotowksi e Thomas Ricahrds. Entre 2004 e 2008 trabalhou como Diretor Artístico do Departameto de Direção Teatral na ENSATT (Escola Nacional de Artes e Técnicas de Teatro) em Lyon. Foi nomeado "The Emerite Master of Arts of Russia" e na França, "Chevalier des Arts et des Lettres", "Chevalier des Palmes Academiques", "Commandeur des Arts et des Lettres". Em 2008 foi eleito World Ambassador for Theatre para a UNESCO.

PROGRAMA DE CONFERÊNCIAS
Dia 3 de novembro, de 19h às 22h
Dia 4 de novembro, de 19h às 21h
Local: Teatro Aliança Francesa

Quarta-Feira, 3 de novembro de 2010
19h às 20h30
Conferência: Alexey Levinskiy
Tema: "Biomecânica de Meyerhold: o treinamento psicofísico para o ator dramático"
 
20h30 às 22h
Conferência: Tatiana Stepantchenko
Tema: "O ator-criador: vetor principal do processo de desenvolvimento da direção – análise e exemplos práticos do meu trabalho de direção"
 
Quinta-Feira, 4 de novembro de 2010
19h às 21h
Conferência: Anatoli Vassiliev
"O que significa 'o estudo'? A passagem da prática psicológica da situação à prática conceitual e lúdica"

 


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